O que seriam exatamente as tão faladas festas de final de ano? Qual o evento cíclico ou cronológico que indica que o ano está terminando? E ainda, quem ganha o quê com essas datas?
Festejar é algo que movimenta as pessoas, afinal elas estão tão endurecidas e com suas mentes tão carregadas de estímulos, que para sentirem prazer precisam de mais que um final de tarde entre amigos, mais que um aromático chá de ervas, mais que uma música suave, o canto dos pássaros ou ainda o ruído do movimento das águas, ar e árvores; e muito mais do que frutas e vegetais para se fartarem.
As festas de final de ano movimentam muito dinheiro, mas também trazem sofrimentos. Porque as pessoas precisam de resultados imediatos, esquecem as consequências do excesso de comida, excesso de alcool, excesso de velocidade, excesso de compras no cartão e todos os excessos que enfeitam as sempre repetidas festas de final de ano.
Ciclica ou cronológicamente nada está acontecendo! Quanto à improvável data do nascimento de Jesus Cristo, se fosse exatamente por volta desses dias, ainda assim teríamos que comemorar de acordo com a própria vida de Jesus. Jesus viveu de forma simples, amou aos doentes e humildes, trouxe a espada aos cambistas e comerciantes, e teve compaixão por todos os seres vivos. Jamais sentaria à mesa de gentios com seus banquetes de defuntos enfeitados, cheios de pompa na vestimenta e com suas “árvores” abarrotadas de supérfluos enfeites. Jesus retirava-se ao silêncio ao invés de estar festejando. Estava sempre atento e não se distraia com idolatrias.
E o final do ano, quem marcou essa data? Um ano é um ciclo solar, um ciclo solar tem a formação de treze Luas completas e inicia-se no dia em que a Estrela Sírius nasce junto com o nosso Sol, ou seja, de acordo com o nosso irregular calendário gregoriano, no dia 26 de julho. É quando a Estrela está em máxima ascensão em relação ao nosso Sol. Sirius, aqui no hemisfério Sul, pode ser vista a noite como a Estrela mais brilhante nos meses de verão, na direção Norte.
Desde a Antiguidade, Sirius sempre foi o centro das atenções e teve um significado muito especial dado pelas mais diversas culturas. Sobre o nome de Sothis foi adorada pelos egípcios que basearam o seu calendário na sua ascensão helíaca e foi a primeira Estrela conhecida com absoluta certeza pelos hieróglifos egípcios, aparecendo retratada em vários monumentos e templos ao longo do Rio Nilo. Entre estes existem os Templos da Deusa Hathor ou Isis, que eram erguidos com orientação para a Estrela Sirius, pois os egipcios acreditavam que Sirius detinha o destino de nosso Planeta e era para lá que iam as almas dos faraós e sacerdotes após a morte para “receberem instruções” e ganhar conhecimento. Alguns historiadores pensam que à partir desta Estrela chegaram ao Egito os deuses que ensinaram toda a sua sabedoria a este povo da antiguidade. Na Roma antiga, altares eram construídos de modo tal, que fossem impregnados pela luz de Sírius.
Com a nossa contagem desconexa de Final de Ano, cada vez mais nos distanciamos da Natureza. Cada vez mais, por medo de parar e mudar, nos distanciamos do Conhecimento Primário, cada vez mais ficamos fracos, inseguros e suscetíveis ao vício e a escravidão. E como não poderia deixar de ser, cada vez mais próximos da morte árida, onde sequer confiamos na eternidade.
Nossa caminhada enquanto comunidade não inspira comemoração. Comemoramos o que não sabemos e sofremos as consequências disso. Na Natureza é assim, existe causa e efeito.
Que todos os seres tenham Paz e que voltem a contar o Tempo Natural!
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Comentários
Olá Gisele. Quem dera nosso mundo tivesse mais pessoas de tanta luz assim como você. A sua boa energia e serenidade são claramente perceptíveis nos seus textos e vídeos. Que a Divindade esteja sempre contigo irmã.
Aura Kaami
17/12/2011
agradeço sua Presença aqui. Certamente seu trabalho também é no caminho da Grande Verdade! Em União
Gisele de Menezes
17/12/2011