Maria ou João, na Cidade Grande
Escrito em 18/01/2008 por Gisele de Menezes
Andava Maria pelas ruas da cidade. Queria chegar em um local distante 2 km de sua casa.
A grande maioria dos carros que passavam, e eram muitos os carros, usavam seus aparelhos de ar “condicionado”.
Provavelmente, pelo que podia observar Maria através dos vidros fechados, dentro dos carros os tripulantes ouviam música ou noticiário, falavam em seus celulares e mais.
Não pareciam estar sentindo o calor que sentia Maria, andando cedo pela grande cidade, em uma ensolarada manhã de verão.
Talvez no noticiário ou na internet, coisas de cidades, todos fossem saber que…”a média de temperatura registrada neste período é de 3 graus mais alta em relação ao ano passado”… e Maria, que andava atenta, mesmo sem ver o noticiário, sabia.
Sabia Maria que estava muito quente, que este era o estado “natural” resultante do lugar onde andava, na redondeza civilizada.
Entretanto Maria, atenta as sensações, pois não falava no celular ou ouvia música e nem usava um ar “condicionado”, caminhava e Respirava.
Respirava profundo e suavemente. Sentia-se Presente! Via, ouvia, vivia Maria, ou João, por que não?
Com o corpo leve, tranquilo e em movimento, Maria não transpirava nem sonhava com ar “condicionado”, simplesmente agradecia o Ar que entrava em seu corpo e com este movimento e sua natureza adaptável, seguia.
Sabia Maria que:
Sem todos aqueles aparelhos de ar “condicionado” aquecendo as ruas de todas as cidades, sem falar das descargas dos carros, belos carros, enfeitando o meio-ambiente, sem toda essa parafernalha, seria mais fácil a caminhada e também a respirada.
Pensou Maria se “duraria” nesta cidade, ou se a cidade “duraria”. E lá se foi João ou Maria pelas ruas da cidade.
AUM!
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