Mulher – Dia, Mês, Ano, Tempo Mulher

Escrito em 09/03/2021 por Gisele de Menezes

Sempre que buscarmos falar de mulher, se não falarmos desse ser como quem fala do Tempo, estaremos pecando com a profundidade e intensidade ao mesmo tempo que com a superficialidade e sutileza, que descrevem essa experiência terrena. Mulher é dia, mês e ano, mulher é Tempo.

A mulher marca o Tempo, dá ou tira o Tempo, assim como é vida, dá ou tira a vida. Decide, luta, escolhe, nega, permite. Nutre, auxilia, retira-se a revelia e nada denuncia. Cala, grita, escuta, dá as costas. Retorna à cena e muda o fim da história.

É gente, faz gente, é feita de gente e na carne acessa sua essência. E muda ao compreender e compreende e muda novamente. São pequenos ciclos de renovação a preparar o grande ciclo da transformação. Pode morrer mais vidas que os todos os gatos que puder ter e, em uma só dança, da menina até a avó, fará acontecer.

São seres temíveis aos diferentes e apaixonados, seres desejados aos dependentes e oprimidos, seres amados pelos iguais e odiados, seres almejados na fila de virem à ser seres. São protagonistas de todas as mudanças, sempre que as paredes as oprimem. Não se enquadram, são circulares, cíclicas e arredondadas!!!

São belas em suas diferenças e feias em suas comparações. O abismo em que todas cairão, não é diferente do abismo em que todos ou todes também cairão. Porém, ainda que seja abismo, é pura ilusão, é existencial separação, é nada que dure na carne inerte. A experiência de toda a diferenciação, na eternidade igual e unido, somente Amor e evolução.

Amor é o que elas bem sabem conhecer, naquele filho que rejeita seu modo de viver, ver, ser. Mãe divina eu quero Ser!

Abaixo um poema que fiz para o dia das mulheres, 08 de março de 2021.

Queria homenagear todas as Mulheres…

Neste 2021, dia de lembrar de mulheres, fui buscar algo incrível que pudesse tocar o coração de todos os seres. Achei tantas coisas bonitas… Achei também coisas feias.

Mulheres, pela irmandade sou Grata! Pelas injustiças sou espada. Pelas destruições sou serviço. Pelos enganos sou clareza. Pelos anos sou o Tempo. Pelos filhos sou a mãe. Pelos amores a amante.
Mulheres sou tudo. Não há lado para estar, há o centro. Puxo daqui, empurro dali, mantenho, solto, sou encontro.

No encontro das águas honramos as fontes que brotam em lugares diferentes da mesma gota, sou oceano. Sou lágrimas, sou dia, sou Lua e companhia. Sou só em meu espelho. Sou festa na roda e sou abandono na madrugada.

Sou pura fantasia e sonho para um dia. Sou isso, você é aquilo e somos sempre a mesma coisa que sequer sabemos ter… e envelhecemos buscando ser.

Cansadas somos entrega e renovadas nos unimos ao som daquelas que gritam que temos que estar atentas, pois somos o mistério de mais um dia que vai nascer, ou o filho que vai crescer.

Nos contam que somos sacerdotisas adormecidas e esquecidas dos horrores que, desta flor fizeram trevas. Ai que medo de lembrar e não mais me conformar e esquecer a luta que venho esperneando para novamente caminhar.

…Em pleno chão que me emprestam e que logo terei de devolver, ainda mais florido do que encontrei. O que fazer com os espinhos? Sou tecido desta Teia. Sou avó das histórias. Sou das brincadeiras, sou a cozinheira. E sou faceira!

E no meu altar que tem forma de silêncio e barulho de arco-íris, sigo honrando a ciência que minhas ancestrais descobriram, ao colherem as ervas que alimentariam e curariam seus filhos! Sou Agora ainda Amor e União! Somos Mulheres!

Escreverei mais um pouquinho, enquanto houver um chá de manjericão a me despertar o furacão que renova a vida e não deixa pedra sobre pedra. Só o vento da mudança, na Teia da eternidade.

Sou avó Aranha!

Sim, escrevi isso aqui do coração partido.

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Comentários

Que maravilhoso Gisele! Parabéns pela mulher maravilhosa que és.

Cirene de Melo Surya Ananda
09/03/2021

Já li três vezes este texto, cada vez descubro pontos e vírgulas entre linhas, forte, intenso, bem como a autora. Entre um gole de chá de manjericão, uma sacada, uma ficha. Senti orgulho dessas mulheres, dessas “nós mesmas”, menina, mãe e avó curandeira, sacerdotisas de Deus, da vida e da terra.
Parabéns, tua sensibilidade aflorada e focada me faz ser mais ou menos, conforme os pontos e vírgulas da vida.

Morgana Das Fadas
10/03/2021

Uauuuu… eu viajo nas tuas visões/reflexões. Muito bom e como uma aprendiz de bruxa, amei o chá de manjericão. Salve!!!

Carla Menezes
10/03/2021

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