É preciso soltar o momento, deixar que seja o que é, cada pessoa, cada momento. Cada um tem o “direito” de estar aonde está. Estamos aqui ou ali, porque assim é. Cada um pode, no momento de sua dor ou prazer, decidir sobre as atitudes a serem tomadas em sua própria caminhada. Na caminhada virão momentos bons, agradáveis, momentos de prazer e momentos difíceis, dolorosos e decadentes. O caminhante atento segue na “escolha” ou muda, ele é quem decide. Isso não é bom nem ruim, é somente o momento pelo qual se está passando. Entretanto é importante saber que a cada passo, cada ação, mesmo que não reflitamos sobre, momento a momento está sendo gerada uma reação (re ação, ou seja, retorno da ação).
Por outro lado podemos, ao estarmos atentos à reflexão sobre o que está realmente acontecendo pois, tudo está acontecendo ao mesmo Tempo, acordar para a Magia de sermos mestres da Teia. Nossa realidade deixa de ser uma ilusão quando entendemos a Teia. A todo o instante estamos tocando Nela, somos Ela, fazemos parte Dela. Ela está vibrando e tocando todas as outras partes. Fazemos parte deste Todo. Estamos enredados!
Temos algumas escolhas livres. Na verdade todas as escolhas são livres. Escolhemos, entretanto logo lidamos com as próximas ações para reparar o que criamos ao escolher. Por exemplo, escolhemos por um momento de “prazer”, afinal somos o condutor de nossa realidade e o prazer pode ser algo como chegar no “topo”. Mesmo que na realidade maior não exista o “topo”, esta imagem, a “tela criada” em algum momento de ilusão, pode ser sedutora demais. O “topo” pode ser a imagem de uma pessoa segurando algum tipo de troféu, ou a posse sobre um Iate, um cargo elevado no negócio que temos, o pódio em uma corrida de carros, o reconhecimento de nossa capacidade de ganhar dinheiro, seja o que for que nos atraia, o pódio, o ganho ou o troféu. Na verdade é aquele momento de prazer que pode nos gerar desejo, sonhos ou obstinação e assim, no fundo de nossa ilusão escolhemos que queremos isso ou aquilo e está feito!
Neste momento, tudo se desencadeia, pois a Teia foi tocada e está vibrando…
Todo o “universo” conspira em nosso favor. E o que significa isso? O que é a conspiração e o que está envolvido neste “vibrar da Teia”? Podemos refletir sobre um momento específico que nada raro se repete em todos os cantos ou ângulos da Teia. Este momento para uns pode ser a vitória, entretanto neste mesmo instante alguma mãe está agonizando porque seu filho está morrendo com fome, com o estilhaço de uma bomba, um tiro, um estupro, uma doença infecciosa… A dor, o grito, a agonia estão tocando a mesma Teia tocada pela euforia, pela vitória, pela alegria. Para o vitorioso a dor não está acontecendo no plano do ego, dos sentidos cognitivos, do que consegue o hemisfério esquerdo captar. Entretanto temos que abrir nossos corações para o fato de que não somos somente o que enxergamos, provamos, sentimos, tocamos e escutamos. Ou seríamos limitados e condenados à “boa sorte”.
Se aceitamos esta limitação como verdade, então não temos como justificar a imagem que nos seduziu, aquela imagem silenciosa em nosso pensamento. De onde veio aquele desejo? E o pensamento? Parecia tão abstrato e se tornou um sólido troféu. Como isso aconteceu?
Antes de respondermos a algumas questões óbvias, podemos refletir sobre a dor, a doença, a perda, ou a queda. Estas realidades visitam a todos, mesmo aos “vencedores”. De repente estamos em uma situação desesperadora e a hora da humilhação chegou célere para nos igualar e preparar-nos para o entendimento da impermanência.
A hora de crescer chega para todos!
Aquele momento da dor, aquela mãe sofrendo no mesmo instante em que se está subindo ao pódio, ou a criança está morrendo, ou um pônei está nascendo ou uma pedra se desprendeu do desfiladeiro… E podemos mais uma vez escolher. Afinal somos o comandante do navio que ora está aparentemente a deriva e hora está aparentemente guiado. Somos livres?
Por fim a liberdade pode ser entendida e podemos talvez escolher fazer o caminho inverso, abrindo um entendimento para o fato que criamos o Presente no Futuro e é o Passado um berço para o Agora. Podemos dominar a ilusão!
Visualize a Teia, esforce-se por entender este emaranhado luminoso e vibratório e comece Agora pois, o Agora é uma criança no berço. O papel está em branco a cada escolha, comece a escrever sua realidade, a tocar a sua Teia com baquetas douradas. Aproprie-se do momento, seja livre para escolher a melhor atitude, o melhor passo, o mais elevado pensamento. Não espere que algo que faça não esteja solenemente tocando a Teia, esta seria uma triste ilusão. A Teia é tocada pela mais delicada respiração assim como você é movido como uma folha ao vento pelo menor estímulo de seu pensamento. Seu pensamento?
Aproprie-se de seu pensamento, limpe seu espaço mental. Menos estímulos externos lhe ajudarão a estar atento. Lembre-se, não existirá um momento de vitória enquanto houver na Teia um ato de violência. Seja mais humilde, você será tocado por tudo o que vibra, você sabe do que eu estou falando, você já foi tocado tantas vezes quantas o Vento toca nas flores da lavanda ou nas bolhas de sabão do brinquedo de uma criança. Você já foi esta criança e será sempre Ela, Nela!
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Comentários
Muito profundo!!!
Cristina
22/06/2017